Bigornas
- marietamadeira
- 18 de mar. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 7 de jun. de 2023
de Yasmin Nigri
Editora 34 - 2018

Escrevi para Yasmin
Curiosa
Pela sua poesia
Pela coincidência
De não acreditarmos
Em coincidências
Mas na sorte
Sim
Em uma semana
O livro na mão
Em dois dias
O livro na cabeça
A bigorna
Em mim
Habitam
A alegria
Esse afeto revolucionário
A poesia
Essa língua bendita
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LENÇÓIS
acompanho o movimento da sua respiração
o ronco que anima sua traqueia
inspiro e expiro no mesmo compasso
o ar desce pelo nariz
ganhando consistência
arrastando tudo em seu caminho
vibrando os órgãos de cócegas
eu me sinto tão frágil e expandida
espreguiçando de dentro pra fora
você desperta suavemente e cai num bocejo
eu entro fantasma em lençóis tão brancos
e toco você até que fiquem transparentes.
BIGORNA
sendo princípio e fim
escrevo porque não há
deus ou homem
que seja como deus pra mim
Publicada em julho de 2021, no Instagram
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