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Este sexo que não é só um sexo

  • marietamadeira
  • 17 de mar. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 25 de nov. de 2024

de Luce Irigaray

tradução de Cecília Prada

Editora Senac São Paulo - 2017





Luce Irigaray é filósofa, psicanalista e linguista, e referência do movimento feminista na França e na Itália. Este sexo que não é só um sexo expõe sua leitura sobre o lugar em que as mulheres foram situadas nos fundamentos da teoria psicanalítica. Ela critica o falocentrismo, sustentando que ele toma a mulher como negativo do homem: “não-homem”. Essa conceitualização tem consequências que reverberam, mantendo a mulher numa posição discursiva que reafirma os preceitos patriarcais ainda vigentes - e contra os quais temos lutado bravamente.


Fazer uma leitura crítica da psicanálise pode torná-la mais próxima dos tempos atuais: mais viva, menos datada. É necessário dar lugar às falas das mulheres, repensando a pergunta de Freud sobre o que elas querem desde uma outra perspectiva - não situada no negativo, mas no afirmativo:


“É inútil, portanto, tentar colocar armadilhas para que as mulheres definam o que querem dizer, fazê-las se repetirem para que tudo fique esclarecido; elas já estão longe dessa maquinaria discursiva na qual vocês gostariam de surpreendê-las. Elas se voltaram para elas próprias. O que não pode ser entendido assim como vocês entendem. Elas não têm a interioridade de vocês, e que talvez vocês lhes atribuam. Nelas mesmas, isso quer dizer: na intimidade desse tato silencioso, múltiplo, difuso. E se vocês insistirem em perguntar sobre o que pensam, só poderão responder: em nada. Em tudo.”




Publicada em fevereiro de 2021, no Instagram


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