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Mãe ou Eu também não gozei

  • marietamadeira
  • 18 de mar. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 7 de jun. de 2023


de Letícia Bassit

Editora Patuá - 2019



Ainda na carona do Dia das Mães, gostaria de falar sobre o livro da Leticia Bassit. Nele, ela fala da experiência de ter um filho de pai desconhecido - aliás, ela não só fala dessa experiência: ela grita, ela murmura, ela marca palavras que chamam a atenção, ela se debate e se enternece. É um livro muito forte, é uma experiência sensorial de encontro com textos, desenhos, palavras soltas, sons, poesia. Um texto que vai sensibilizando o leitor mas sem ampará-lo - como a maternidade, que nos sensibiliza, mas que diante da qual nos sentimos desamparadas. Cada uma à sua maneira.


É muito importante que nós possamos falar sobre a maternidade além do convencional mito do amor materno (conforme já nos ensinou Elisabeth Badinter). Muitas mulheres não se sentem nem plenas nem lindas durante a gravidez. Bem pelo contrário, sofrem ao longo de todos os longos meses em que estão nessa condição. Também a convivência com seus bebês pode tanta poesia quanto perturbação. O corpo ainda disforme, os peitos cheios de leite, a falta de tempo para tomar banho, ir ao banheiro...isso sem falar na privação de sono. Há o sublime (às vezes) e o desespero (quase sempre).


O certo é que a maternidade é intensa - na relação com com ela, entramos em contato com o melhor e o pior de nós mesmas. É preciso coragem para compartilhar o que é ser mãe para cada um(a) de nós. A Letícia teve!




Publicada em maio de 2021, no Instagram.




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